Candidatas do concurso público para o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) denunciaram uma série de irregularidades na aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF), realizado no dia 15 de outubro sob responsabilidade da Fundatec. Segundo relatos coletivos, a etapa apresentou falhas técnicas, mudanças de formato e condições desiguais de execução em relação ao edital, resultando em índices de eliminação superiores a 80% entre as mulheres.
As candidatas afirmam que o teste foi dividido em duas partes: barra, abdominal e corrida na primeira; subida na corda, simulação de resgate e natação na segunda. O problema central, segundo as denúncias, está na simulação de resgate, em que o edital previa o transporte de um manequim de 70 kg por 50 metros em até 36 segundos. Diversas participantes alegam que a execução da prova foi modificada sem aviso prévio e de forma contrária às regras estabelecidas.
Entre as irregularidades relatadas estão a posição incorreta do boneco, aplicado em decúbito dorsal (com o rosto para cima) em vez de ventral (com o rosto para baixo), conforme previa o edital; o uso de manequins diferentes e sem padronização técnica, com peso mal distribuído; a cronometragem desigual entre dois cronômetros com tempos distintos; e a alteração do formato, já que candidatas realizaram a prova em duplas no turno da manhã e em trios à tarde, sem previsão no edital.
As denúncias ainda apontam diferenças nas marcações de distância e falta de fiscalização adequada. As participantes pedem a revisão da etapa e a garantia de igualdade de condições entre todos os concorrentes, em especial para as mulheres, que afirmam ter sido as mais prejudicadas pelas falhas na execução do teste.
Candidatas denunciam condições desiguais em teste físico do concurso do Corpo de Bombeiros do RS
Por J. Saraiva
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