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Tarifa Zero: promessa social ou jogada eleitoral?

Por J. Saraiva

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Tarifa Zero: promessa social ou jogada eleitoral?
O Palácio do Planalto enxerga a proposta de tarifa zero no transporte público como uma aposta estratégica para turbinar a campanha de reeleição do presidente Lula em 2026. Nos bastidores, a avaliação é que a ideia tem forte apelo popular e pode servir como bandeira simbólica de um “novo ciclo” de promessas sociais.
Apesar disso, o próprio governo reconhece que a medida dificilmente sairá do papel antes das eleições. A tendência é apresentá-la como promessa de um eventual novo mandato, reforçando a narrativa de compromisso com os mais pobres.
A recente ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil já vem sendo usada como vitrine de cumprimento de promessas, preparando terreno para o discurso de que “Lula entrega o que promete”. Um estudo foi encomendado ao Ministério da Fazenda para calcular custos e impactos da tarifa zero, mas interlocutores do Planalto admitem que os números ainda não fecham.
Além de funcionar como vitrine eleitoral, a proposta é vendida como medida de controle inflacionário, sob o argumento de que a gratuidade reduziria reajustes nas tarifas e, portanto, no IPCA. Hoje, 138 municípios brasileiros oferecem transporte gratuito, mas nenhum deles enfrenta os desafios de escala e sustentabilidade financeira que o governo federal teria de enfrentar.
A dúvida persiste: trata-se de uma política pública viável ou de mais uma jogada de marketing para 2026?

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