Opinião

Direita se consolida em torno de Zucco; PT e MDB travam e PSDB se reorganiza no RS

Por Roberto Silva

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Direita se consolida em torno de Zucco; PT e MDB travam e PSDB se reorganiza no RS
A fotografia de hoje no Rio Grande do Sul mostra um tabuleiro em que Luciano Zucco (PL) corre por fora das incertezas e já monta bloco com aliados e nominatas para o Senado, enquanto os rivais disputam espaço e brigam por rumos. O PL formalizou aliança com o Novo e lançou Marcel van Hattem (Novo) e Ubiratan Sanderson (PL) ao Senado — uma sinalização rara de coesão antecipada.
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PT: o campo petista ainda não resolveu sua equação. Há três peças para duas vagas majoritárias: Edegar Pretto, Paulo Pimenta e Paulo Paim — este último, que havia sinalizado aposentadoria, agora é pressionado a ficar, o que complica a composição PT+aliados. O próprio debate interno sobre quem lidera e quem vai ao Senado segue em aberto.

MDB/Gabriel Souza: mesmo com a vantagem de ocupar o governo e poder herdar palanque de Eduardo Leite (PSD), Gabriel não consolidou hegemonia na base e disputa os mesmos parceiros que Zucco — PP, Republicanos, PSDB. Com base heterogênea e pesquisas pouco animadoras, seu caminho depende de uma engenharia de alianças que ainda não aconteceu.

PSDB: o partido vive rearranjo interno. A filiação de Marcelo Maranata e o ruído com a pré de Paula Mascarenhas mostram um ninho que tenta se reorganizar pós-migração para o PSD de quadros ligados a Leite. É uma sigla que pode compor — mas ainda define quem lidera e para onde vai. PSB e PSOL: o PSB/RS atravessa racha e intervenção provisória, o que reduz previsibilidade de apoio imediato; já o PSOL cogita nomes e tende a reditar entendimento com o PT, porém aguarda definição petista. Ou seja: sem solução pronta contra Zucco no campo à esquerda. PP (peça-chave): é o partido mais cobiçado pela capilaridade e fundo/federação com o União. Mantém diálogo simultâneo com PL e MDB e segura a caneta para decidir se vai de candidatura própria ou fecha vice numa frente à direita — cenário que, nos bastidores, favorece Zucco.

Por que o momento favorece Zucco:
- Alinhamento precoce e narrativa clara (segurança, gestão, oposição a Lula no RS), com dupla ao Senado já na rua.
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- Concorrentes fragmentados: PT indeciso entre liderar chapa e acomodar Paim/Pimenta; MDB sem amarrar base; PSDB reconfigurando diretórios e nomes.
- Janela de alianças: se PP e Republicanos migrarem majoritariamente para a direita, o caminho de Gabriel afunila; Juliana (PDT) tenta ocupar centro, mas negocia em várias direções e não fecha um campo sólido..

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