A direção nacional do PSDB decidiu prorrogar por mais 30 dias o mandato de Paula Mascarenhas na presidência estadual do partido. A medida adia a formação de uma comissão provisória no diretório do Rio Grande do Sul, que seria instalada no fim de outubro, e reflete o momento de instabilidade vivido pelos tucanos após a saída do governador Eduardo Leite para o PSD.

Paula, que também é secretária de Relações Institucionais e foi prefeita de Pelotas, optou por permanecer no PSDB, mesmo após Leite levar consigo 28 prefeitos e diversas lideranças. O cenário interno, entretanto, segue conturbado. O vereador de Porto Alegre Moisés Barboza chegou a acusar dirigentes do partido de “assediar” prefeitos a migrarem para o PSD, o que reforçou a necessidade de intervenção nacional.

Com dois nomes colocados como pré-candidatos ao governo do Estado - a própria Paula Mascarenhas e o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata - o PSDB tenta reorganizar suas bases e evitar uma nova fragmentação. Paula reconhece que a perda de Leite foi um “baque muito grande” e afirma que o desafio agora é reconstruir a unidade e reafirmar o protagonismo tucano no Rio Grande do Sul.