O indiciamento de Juliana Brizola (PDT) ocorre justamente no momento em que seu nome começa a despontar nas pesquisas para o governo do Estado. Coincidência? Ou uma tentativa de desgastar politicamente sua candidatura?
A investigação foi aberta após uma ação movida pelo tio da deputada, Alfredo Daudt Júnior, que mora em Santa Catarina e só agora resolveu intervir na vida da mãe, Dóris, de 99 anos.
Durante mais de vinte anos, quem sempre cuidou da idosa foi Juliana: acompanhou médicos, cuidadores, remédios, despesas e tudo o que envolve o bem-estar da avó. Elas mantêm uma conta conjunta desde 2018, muito antes de qualquer limitação de saúde.
Em fevereiro deste ano, o filho que vive fora pediu a curatela da mãe e teve acesso à conta bancária. A partir daí, surgiram as acusações de supostas irregularidades. Mas a pergunta que não quer calar é: onde estava esse filho todo esse tempo? Por que só agora, quando a mãe está debilitada e sob os cuidados da neta, ele aparece com tanto interesse em controlar os recursos?
Juliana reagiu com serenidade, afirmando que dedica amor, cuidado e responsabilidade à avó, lamentando o vazamento de informações íntimas que, segundo ela, estão sendo usadas politicamente. Sua defesa reforça que se trata de uma disputa familiar que será resolvida na esfera cível.
A impressão entre apoiadores e opositores de Juliana Brizola é de que o caso mistura briga por herança, oportunismo e jogo político. É legítimo questionar se a investigação é mesmo sobre finanças, ou se há interesses maiores por trás.
No fim das contas, a deputada que há anos cuida da avó é acusada por quem passou longe durante todo esse tempo e agora, de repente, aparece para “defender” a mãe e talvez garantir uma boquinha no controle do patrimônio familiar.
Mais do que um conflito doméstico, o episódio parece ter sido transformado em arma política.
Indiciamento de Juliana Brizola coincide com seu avanço nas pesquisas e acende alerta de uso político
Por J. Saraiva
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