O governo Eduardo Leite decidiu empurrar para o próximo candidato de sua base o desgaste político das concessões de rodovias estaduais, que prometem novos pedágios e tarifas pesadas no bolso dos gaúchos. O cronograma é calculado: o edital do Bloco 2 será lançado na primeira semana de novembro e o do Bloco 1 só em março de 2026, em plena pré-campanha eleitoral. Assim, Leite evita arcar com o impacto direto da medida e deixa para seu sucessor a missão de defender o aumento de custos ao cidadão.
Enquanto o governo fala em “melhoria das estradas”, a verdade é que o contribuinte pagará a conta. O modelo prevê tarifas de até R$ 0,21 por quilômetro e mais de R$ 12 bilhões em investimentos, dos quais boa parte sairá dos cofres públicos e do bolso do motorista. A promessa de duplicações e manutenção pode até soar bonita em discurso, mas o resultado é mais um golpe na renda de quem trabalha e depende das rodovias para viver.
Leite aposta que a lembrança do caos das estradas vai se sobrepor à indignação com os novos pedágios. Mas dificilmente o eleitor gaúcho esquecerá quem abriu caminho para mais uma cobrança travestida de “modernização”.
Leite arma o pedágio e entrega o pepino ao sucessor nas urnas
Por J. Saraiva
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