O governo do Rio Grande do Sul se prepara para enfiar a mão ainda mais fundo no bolso dos gaúchos. A nova proposta do chamado Bloco 2 de concessões, que deve ser lançada em novembro, prevê a instalação de 24 pórticos de pedágio eletrônico em 32 municípios. Em outras palavras, o cidadão vai pagar mais uma conta disfarçada de modernização.
Com o sistema Free Flow, o motorista nem precisa parar - o dinheiro vai direto da conta para os cofres das concessionárias. Tudo isso sem qualquer debate público ou aprovação legislativa, o que transforma a concessão em um ato autoritário e injusto.
O escândalo é ainda maior quando se descobre que o plano prevê o uso de R$ 1,5 bilhão de recursos públicos via Funrigs para bancar a entrega dos trechos à iniciativa privada. Ou seja, o contribuinte paga duas vezes: primeiro com seus impostos e depois cada vez que passar pelos pórticos.
Enquanto o governo fala em eficiência, o cidadão vê apenas mais pedágios, mais gastos e menos transparência. As estradas do Rio Grande não podem continuar sendo fonte de lucro para poucos e prejuízo para todos.
Mais pedágios, menos vergonha: o abuso continua nas rodovias gaúchas
Por J. Saraiva
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