Lideranças do MDB admitem que a aliança com o Progressistas é vista como determinante para impulsionar a pré-candidatura do vice-governador Gabriel Souza ao governo do Estado em 2026. O partido reconhece que enfrenta dificuldades nas pesquisas e divisões internas, o que reforça a necessidade de ampliar apoios e consolidar uma base sólida.

Os ativos do PP, maior e mais tradicional partido de direita do Rio Grande do Sul, explicam por que a sigla é considerada estratégica tanto pelo MDB quanto pelo PL. O Progressistas conta com forte estrutura municipalista, número expressivo de prefeitos e capilaridade eleitoral que pode definir o rumo da disputa estadual.

Na outra ponta, o presidente estadual do PL, deputado federal Giovani Cherini, afirma que o MDB tem pressionado o PP justamente por entender que a aliança seria decisiva para evitar o enfraquecimento da legenda. “O MDB está fazendo uma grande pressão sobre o PP, porque é a única chance deles de não morrer. Mas nossas conversas com o partido estão muito boas. O PP, no interior, tem muitas brigas com o MDB. E a base partidária vai votar no Zucco, já temos inclusive muitas declarações de apoio de prefeitos”, afirmou Cherini.

Nos bastidores, emedebistas reconhecem que, apesar da sinalização pública de unidade, há resistência de parte do partido em torno de Gabriel Souza, que ainda precisa crescer internamente e reconquistar espaço junto à base. A união com o PP é vista como o movimento capaz de dar musculatura e competitividade à sua candidatura ao Palácio Piratini.