A proposta do governador Eduardo Leite (PSD) de conceder os blocos 1 e 2 de rodovias estaduais virou combustível político e está mobilizando prefeitos, vereadores e deputados contrários ao modelo. O que o governo vende como “parceria com a iniciativa privada” soa, para muitos, como entrega de patrimônio público com dinheiro do próprio contribuinte.
Nas regiões afetadas, cresce a insatisfação de municípios que se sentem lesados pelo projeto, considerado caro, apressado e sem transparência. O uso de recursos do Fundo de Reconstrução (Funrigs) nas obras é visto como manobra para subsidiar concessionárias privadas, enquanto estradas seguem precárias e sem previsão de melhorias imediatas.
Na Assembleia Legislativa, o clima é de guerra. Deputados do PT, PL e Podemos prometem manter a ofensiva e já falam em CPI para investigar o modelo e os contratos. Parlamentares lembram que o Tribunal de Contas apontou mais de 50 irregularidades no edital do Bloco 2. - O problema não é a concessão, é o custo absurdo e a falta de transparência. O povo vai pagar caro por isso.
Rodrigo Lorenzoni (PP) foi direto: “Concessão é investimento privado com risco privado. Aqui, o governo está entregando dinheiro público a empresas privadas que não assumem risco algum. É um modelo distorcido”.
Enquanto o Palácio Piratini tenta vender a ideia como solução moderna, cresce a percepção de que o governo está empurrando um negócio bilionário goela abaixo da população, sem diálogo, sem clareza e com o pedágio mais caro da conta ficando para o cidadão.
oncessões de rodovias: governo Leite compra briga com municípios e acende reação na Assembleia
Por J. Saraiva
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