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Porto Alegre entre a formalidade e a chinelagem: Câmara quer proibir rasteirinha, bermuda e minissaia nas sessões

Por J. Saraiva

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Porto Alegre entre a formalidade e a chinelagem: Câmara quer proibir rasteirinha, bermuda e minissaia nas sessões
Democracia não exige dress code, mas também não combina com mini-saia e rasteirinha: tem vereador que confunde o plenário com a praia e o respeito com repressão.

Por iniciativa da presidente Comandante Nádia, a Mesa Diretora da Câmara de Porto Alegre deve votar nesta quarta-feira uma resolução que define regras básicas de vestimenta para vereadores e assessores de Plenário. A proposta proíbe trajes e acessórios incompatíveis com o ambiente legislativo, como chinelos, camisetas, bermudas e roupas provocativas, vestes com slogans políticos e adesivos.

Mas, como sempre, tem quem grite por “liberdade de expressão” para justificar a falta de respeito. É o velho discurso de quem confunde democracia com bagunça e acha que representar o povo é sinônimo de andar desalinhado. Liberdade não é licença para virar caricatura.

Ser vereador ou assessor mulambento é mais que uma escolha de estilo; é um desrespeito ao eleitor e à instituição que representa. Não se trata de patrulhar a liberdade de vestimenta, e sim de lembrar o óbvio: o Parlamento não é boteco, nem extensão da sala de estar. Quem representa o povo deve se portar como tal, começando pela aparência.

Enquanto os vereadores homens são obrigados a usar paletó e gravata, alguns parecem achar que bermuda e chinelo são símbolos de autenticidade popular. Não são. São sinais de descuido e desrespeito com a função pública. A imagem da Câmara é reflexo direto da seriedade de quem ocupa suas cadeiras.

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