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Capitão Martim analisa tática de guerrilha usada por traficantes no Rio e classifica o Comando Vermelho como organização terrorista

Por J. Saraiva

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Capitão Martim analisa tática de guerrilha usada por traficantes no Rio e classifica o Comando Vermelho como organização terrorista
O deputado estadual Capitão Martim, militar da reserva da Marinha do Brasil, com formação em Mergulho de Combate, Sniper e Paraquedismo, além de diversos cursos internacionais, fez uma análise técnica sobre os confrontos entre policiais e criminosos ocorridos nesta semana no Rio de Janeiro. Martim integrou a equipe de contraterrorismo e foi subcomandante das operações especiais durante a intervenção federal em 2016.

Em sua avaliação, o parlamentar afirmou que as ações dos criminosos do Comando Vermelho configuram táticas de guerrilha e devem ser tratadas como atos de terrorismo. “Os traficantes do Rio utilizam métodos de guerrilha urbana com a intenção de gerar pânico, manipular a opinião pública e desmoralizar as forças de segurança”, afirmou.

Martim destacou que o uso de comunidades como escudo humano e a exposição de corpos após os confrontos lembram práticas empregadas por grupos terroristas internacionais. “A técnica de exibir corpos e criar narrativas de vitimização é semelhante à usada pelo Hamas. Trata-se de uma estratégia de guerra psicológica com a intenção de manipular narrativas com a opinião pública”, explicou.

O deputado também destacou que o Rio de Janeiro se transformou em um verdadeiro centro de referência mundial em combate urbano, devido à complexidade das comunidades controladas por facções criminosas. “A cidade é um exemplo único no mundo. Não existe outro cenário comparável”, afirmou. Ele explicou que há vielas revestidas de azulejos, onde uma simples rajada de tiros é suficiente para transformar as paredes em armas. “Os fragmentos se espalham e ferem policiais. Um colega meu, inclusive, foi atingido na jugular e morreu nessa situação”, relatou.

Martim concluiu defendendo o reconhecimento formal do Comando Vermelho e outros grupos criminosos brasileiros como organização terrorista e a necessidade de políticas de segurança mais duras. “Não estamos enfrentando criminosos comuns, e sim terroristas que usam civis como escudo e a desinformação como arma”, finalizou.

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