Frente à queda de popularidade, o governo federal parece ter encontrado a cura digital para todos os males: mais engajamento, mais influenciadores e, claro, mais verba para as redes sociais. Afinal, se a realidade não ajuda, que tal melhorar o algoritmo?
O chefe da Secom, Sidônio Palmeira, agora trata o orçamento publicitário como quem gerencia uma conta de Instagram. A meta é simples: fazer o governo “bombar” no feed. A nova estratégia inclui contratar influenciadores para campanhas do Planalto, porque nada comunica melhor a “soberania nacional” do que um vídeo patrocinado com trilha de funk e legenda motivacional.
Enquanto isso, dentro do PT, a palavra de ordem é “engajamento”. A Secretaria Nacional de Comunicação organiza um seminário sobre plataformas digitais com o apoio de big techs — as mesmas que antes eram demonizadas por “dominar o discurso global”. Mas como o vento muda de direção, agora a ideia é aprender com elas a dominar o discurso local.
A internet pode até não garantir aprovação popular, mas ajuda a criar a ilusão de que tudo vai bem. Basta um bom filtro, uma legenda inspiradora e uma campanha com cara de trend. O governo segue acreditando que, se o problema é de imagem, o remédio é o Photoshop.
De olho no engajamento digital, governo Lula reforça presença nas redes sociais
Por J. Saraiva
| | 19 visualizações